Eterna
fonte de inspiração, a mulher está presente em quase todas as canções.
Misturando
sentimentos de amor, ódio, desejo e paixões,
Rondando
as cidades, nos bares, nas alcovas, cometendo deslizes
É
sempre ela que domina o pensamento e faz brotar poemas de todos os matizes.
Pra
esquecer Luiza, o poeta a Maria Helena seu coração entregou.
Enquanto
Renata responde a Telma que esse não é seu papel,
Amélia,
mulher de verdade, está hoje na praia com Maria Isabel.
Severina vendeu a butique pra Das Dores, que
só pensava em namorar
Conceição,
que vivia no morro a sonhar com Dora,
Aquela
rainha do frevo, inseparável de Luciana dos olhos de mar.
Marina
morena na casa de Irene ouvia a canção para Yolanda, esperando a volta de Inês,
que saíra deixando bilhete pra apagar o fogo.
Dinorá, ansiosa, consolava Bárbara, que sofria
por uma paixão doentia, recusando-se ser
como Aurora, que invariavelmente escondia o jogo.
Também
Laura, menina de trança e sorriso de criança, rodopiava na sua dança a
Valsinha
na ponta do pé.
Mas
não conseguia como Emília, preparar um café.
Gabriela,
que não pensava em nada, lavava roupa todo dia,
Sem
alegria, que agonia.
Ana
Julia, menina moça, perdeu o bem-querer para Madalena que,
Mirando-se
nas mulheres de Atenas, não fez cenas.
Enquanto
rainha dos detentos, Geni se fez um poço de bondade
Para
o povo da cidade que a fazia chorar
E
Carolina, na janela, muitas Marias viu passar.
Marias
e Clarices, que às vezes se pegam a chorar,
Vivem
a mulher equilibrista, que sabe que o show da vida não deve parar.
O
poeta, homem sensível e, cheio de emoção,
Canta
a mulher brasileira em primeiro lugar.
Com
violão e, principalmente, coração.
Geni 05/03/2013
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