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terça-feira, 5 de março de 2013

A MULHER EM TODAS AS FASES




NOVA, no ventre escondida!
A semente rompe as comportas que deságuam empurrando-a para a vida.

CRESCENTE a esperança, a força e a coragem.
Depois da poda, renascem os brotos, surge a florada beijada pelo vento leve, delicado em sua breve passagem.

CHEIA, em sua plenitude, brilho e experiência
Oferece aos frutos o alimento do seu seio farto.
Inspira os poetas, chora, ama, se entrega na explosão do parto.
Colhe e reparte com muita arte.
Devolve à terra a semente que se
Desenvolve no solo úmido e quente.
Sem exigências, sem cobrança no amparo comovente,... A esperança somente.

Às vezes um mimo, outras tantas arrimo.
No frio do inverno a saudade, reminiscências, perdas
E, neste misto de alegria e dor,
Sente que o entusiasmo a invade.
Sonhos, esperanças, desencantos, ensinamentos, mas, sobretudo  alegria esfuziante,
Assim é a mulher em sua fase MINGUANTE 

Semana da Mulher - Março/2013

SEMANA DA MULHER


Sinal dos tempos?

Inversão de valores?

Para onde sopravam os ventos     
Que traziam tantos dissabores?

Foram longos anos de desencontros
De lutas por igualdade de direitos
Crescia o preconceito...

Novo milênio
Abrem-se horizontes
Ao invés do fogão, a mulher pilota o avião
A jovem linda e sedutora troca o tablado pelo senado
O mesmo general que exibe a farda anda as voltas com as fraldas
O empresário estressado, não raro, substitui o jornal pelo avental

Amélia é coisa do passado

Mulher e homem caminham lado a lado
Não importa a raça, cor ou idade...

CRESCE A SOLIDARIEDADE

Na escola da vida, juntos aprendem muito bem a conjugar o verbo  compartilhar



 

O POETA E A MULHER




Eterna fonte de inspiração, a mulher está presente em quase todas as canções.

Misturando sentimentos de amor, ódio, desejo e paixões,
Rondando as cidades, nos bares, nas alcovas, cometendo deslizes
É sempre ela que domina o pensamento e faz brotar poemas de todos os matizes.

Pra esquecer Luiza, o poeta a Maria Helena seu coração entregou.
Divina e graciosa é a Rosa, estátua majestosa, sempre cantada em verso e em prosa.

Enquanto Renata responde a Telma que esse não é seu papel,
Amélia, mulher de verdade, está hoje na praia com Maria Isabel.

 Severina vendeu a butique pra Das Dores, que só pensava em namorar
Conceição, que vivia no morro a sonhar com Dora,
Aquela rainha do frevo, inseparável de Luciana dos olhos de mar.

Marina morena na casa de Irene ouvia a canção para Yolanda, esperando a volta de Inês, que saíra deixando bilhete pra apagar o fogo.
 Dinorá, ansiosa, consolava Bárbara, que sofria por uma paixão doentia, recusando-se  ser como Aurora, que invariavelmente escondia o jogo.

Também Laura, menina de trança e sorriso de criança, rodopiava na sua dança a
Valsinha na ponta do pé.
Mas não conseguia como Emília, preparar um café.
Gabriela, que não pensava em nada, lavava roupa todo dia,
Sem alegria, que agonia.

Ana Julia, menina moça, perdeu o bem-querer para Madalena que,
Mirando-se nas mulheres de Atenas, não fez cenas.
Enquanto rainha dos detentos, Geni se fez um poço de bondade
Para o povo da cidade que a fazia chorar
E Carolina, na janela, muitas Marias viu passar.

Marias e Clarices, que às vezes se pegam a chorar,
Vivem a mulher equilibrista, que sabe que o show da vida não deve parar.

O poeta, homem sensível e, cheio de emoção,
Canta a mulher brasileira em primeiro lugar.
Com violão e, principalmente, coração.
 Geni 05/03/2013