Postagens populares

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Papai Noel existe?

Geni noel e Guilherme
Gê sempre foi a tiazona querida de todos. Morava na capital por força do trabalho (professora do ensino fundamental na cidade de São Paulo). Isso na década de 80.
Natural de Araçatuba, palco de nossa história, aproveitava os feriados prolongados e as férias para curtir a família, principalmente os sobrinhos Edson, Silvana, Shirlane, Edilson, Érico, Alexandre, Gláucia, Gustavo, Rodrigo, Carolina, Renata e Guilherme. Silvinho, mesmo sendo irmão, era tratado como sobrinho, em razão de sua idade.
Nas festas e comemorações Tia Gê, como era carinhosamente chamada, sempre se antecipava nas brincadeiras e nas compras: fantasias para o carnaval, máscara de coelhos para a caça ao ovo na Páscoa, adivinhações, quebra – cabeças e tantas outras brincadeiras que faziam a alegria da criançada.

Alegria na distribuição dos presentes

Todos esperavam ansiosos por esses encontros e pela tia querida. E sentiam que, na noite de Natal, ela não estava com eles, justo na hora em que o Papai Noel vinha trazer os brinquedos (ausência óbvia, já que o Papai Noel era ela). A dificuldade estava em esconder das crianças esse fato. Era um teatro danado. Ela dizia que não gostava de Papai Noel, pois se lembrava de sua infância sem a presença do velhinho, sem nunca ganhar um presente, e que preferia tomar chope com suas amigas e só voltar para a hora da ceia. Eles ficavam tristes, mas a ansiedade em receber os presentes fazia esquecer por momentos a falta da tia.
Abrindo os presentes
É claro que os mais velhos sabiam, mas participavam normalmente e se calavam para não quebrar o encanto dos mais novos. Nesse ano em especial, só a Renata, o Guilherme e o Rodrigo  eram pequeninos. A tia, que havia comprado fantasia nova (havia engordado um pouco) não percebeu que a touca estava um pouquinho pequena e que tinha que ficar puxando para não mostrar os cabelos.
Mas qual o que! Na euforia da entrega ela nem se lembrou da touca e... o Guilherme, que já estava cabreiro (o Papai Noel que ele vira na cidade tinha olhos escuros), matou a charada. Mas na hora não disse nada.
Assim que o Papai Noel foi embora, ele reuniu o grupo e, com cara de quem descobre um tesouro, disse com ar maroto:
— Olha, eu já estava desconfiado porque aqueles olhos azuis são da tia Gê, mas o que mais me deu a certeza são os brincos que ela se esqueceu de tirar.
Ela só soube da descoberta dias depois e não se conformava que um pequenino brinco de brilhantes pudesse quebrar a magia daquela noite linda!
A fantasia? Ah! A fantasia foi doada para uma instituição, mas as fotos conservam essas doces lembranças.
Tia Gê e o responsável pelo desemprego do Papai Noel

Geni 22/11/2011

9 comentários:

  1. Que delícia de história!

    ResponderExcluir
  2. E hoje essa história se perpetua, tendo o Leo como Papai Noel e Aninha, Marco, Camila, Caio, Enzo e Helena que ainda acreditam. O André que curtiu muito também, ficando eufórico por receber uma ligaçao do bom velhinho, hoje sabe, mas é de tão bom coração que nunca abriu a boca e ainda ajuda a deixar mais emoção.

    ResponderExcluir
  3. Papai Noel existe? Sim!!!...Existe! Graças a esses momentos q passei a vivenciar (um pouco tarde, mas, como p sonhar não há limites...) já com 11 anos, após a separação de meus pais, essa "papai noel" (tia Noel)de olhos azuis, me fez acreditar em algo q até então desconhecia. Pois na minha infância, ele ñ existia. Foi a partir do primeiro Natal, proporcionado pelos meus entes queridos, com a presença da Tia Gê Noel, q passei a acreditar q Papai Noel existia sim, e era eterno, e tinha a certeza de que, se eu permitisse, ele seria eterno dentro do coração de cada um de nós. É exatamente isso q sempre disse aos meus filhos, qdo me perguntavam sobre a existência do papai Noel: "Papai Noel existe, e é maravilhoso acreditar o qto ele é bom, e se vcs permiterem, ele existirá p sempre dentro do coração de vcs". Obrigada Tia Gê. Por mais q a infância tenha sido "complicada", devo esse sonho a vc. Te amooooooo....bjsssssssss

    ResponderExcluir
  4. Nossa, até eu tô aí no meio! Hehehe

    ResponderExcluir
  5. Ge Voce com esse seu coração imenso de amor está sempre trazendo alegria por onde voce passa.Sei que sonhar nao custa nada mas voce transformou o sonho de muitos sobrinhos em uma linda realidade: o amor e a uniao da familia.Seja sempre abençoada por Deus.Obrigado por voce fazer parte da minha vida.bjs

    ResponderExcluir
  6. Gê querida ,como sempre se superando a cada retalho escrito com a alma sincera e o coração cheio de amor.Aposto que nas noites de Natal iluminou a todos com seu jeito tão lindo de ser . Te amo Ivani

    ResponderExcluir
  7. Oiiiiiiiiii,adorei a história,me lembrei de nossas confraternizações no Zé Maria,como sempre vc vinha cheia de idéias e nós embarcávamos nelas com muita alegria e prazer.Lembra do maço de ciagrros Minister que explodia? e as balas recheadas com azul de mitileno? e o presépio cujo jardim era uma plantação de tumi( Tu mi dá)Ai que saudade a gente era muito feliz,apesar de tudo.Mil beijocas da amiga de sempre Suzi....

    ResponderExcluir
  8. Nossa, esqueceu de contar que muitas vezes passávamos dentro do quarto porque o Gui estava com febre.
    Hoje a História se repete um pouco, só que "papai Noel" virou ajudante do Bom Velhinho na entrega dos presentes para o Miguel.
    Adoro
    Renata

    ResponderExcluir