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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Peripécias de crianças

  
Peripécias de crianças
Não fui agraciada com a maternidade. O maior desejo da juventude, porém, foi compensado na idade adulta pela presença constante dos sobrinhos. Ao me cercarem de atenção e carinho, preencheram um vazio que, a bem da verdade, nem chegou a existir, tamanha era a cumplicidade em nossa convivência. Lá se vão quase cinco décadas do dia em que o primeiro veio ao mundo. Daí aos dias de hoje, são tantas as histórias vividas e repartidas, tantos momentos agradáveis (ou não), que de tudo me lembro sempre com muita emoção e saudade. Falar um pouco da infância de cada um – sua característica, seu jeito de ser – foi a maneira que encontrei de homenageá-los. Democrática e pedagogicamente, vou fazer a narrativa na ordem cronológica dos nascimentos.
1962 Édson.
Edson e Silvana
O primogênito de Evanir estava com quatro meses quando o conheci. Era lourinho e de olhos muito azuis (que evoluíram para um esverdeado não menos bonito) que pareciam duas bolinhas de gude. Chorei de emoção ao vê-lo.  Lembro-me de que ficava horas contemplando enquanto ele sugava o peito da mãe  nas longas mamadas. Seus pais vieram morar em uma pequena casa nos fundos do nosso quintal, o que gerou uma convivência muito intensa ao longo de cinco anos. É dessa época um fato que tenho registrado na memória. Sua mãe costumava ficar na cama até um pouco mais tarde. Todos os dias, o pequenino – não havia ainda completado três anos – ficava na ponta dos pés para retirar a chave da fechadura e passá-la por debaixo da porta, para que a abríssemos e ele pudesse vir até nós para se fartar das bolachas que tínhamos sempre guardadas. Podíamos resolver diferente, mas adorávamos quando ele dizia do outro lado, enquanto entregava a chave: "Tia, dá 'boaça'!”. Édson foi, e é, o sobrinho-irmão pau para toda obra, principalmente nas muitas das minhas mudanças. Sempre prestativo, era – e é – o eletricista, o encanador, o marceneiro, o carregador, o motorista... Falar sobre essas coisas mereceria um capítulo à parte. Por ora, fica o registro de minha gratidão.
1965 Silvana.
Também filha de Evanir. Da amiga de convívio diário, tenho marcada na lembrança o dia em que veio ao mundo. Eram seis horas da tarde e eu me preparava para colar grau como professora quando vem a notícia: A bolsa estourou! Um sufoco. Na correria, eu, sem saber o que fazer. Queria ver a criança nascer, mas não podia faltar à solenidade. Tive que trabalhar minha ansiedade pra fazer as duas coisas.  Quando cheguei, ela – era menina, fiquei sabendo – já havia visto a luz ali mesmo, no pequeno quarto de seus pais. Gravei a imagem: uma linda e mirrada moreninha. Como moramos próximas, estamos sempre juntas, numa troca constante de carinhosa atenção e cuidados. É minha grande companheira, apesar da grande diferença de idade e dos sérios problemas de saúde que enfrenta.
1967 Shirlane.
Shirlane
A caçula das mulheres filhas de Evanir. Infelizmente, a teia que o destino insiste em tramar nos ofereceu poucas possibilidades de convívio nos seus primeiros anos. Só poucas vezes a vi ainda em criança. Assim mesmo, em rápidas visitas. Nosso contato mais íntimo começou quando ela – já com dez anos – mudou-se com a família para São Bernardo do Campo. Mas ainda não seria dessa vez que nos aproximaríamos. As dificuldades com as inúmeras adaptações para a nova vida: cidade grande, escola, nova estrutura familiar, situação financeira apertada, tudo isso combinando com a pré-adolescência, mais minha sobrecarregada carga de trabalho, acabaram por criar raríssimas oportunidades de um convívio mais intenso.  Meu registro fica por conta de seu prematuro casamento. Ainda uma menina de olhar amedrontado, com uma gravidez precoce (não completara ainda dezesseis anos) parecia uma boneca no seu vestido de noiva, na reunião improvisada que fizemos, meio às pressas, para que ela pudesse fazer daquele dia um momento especial. A felicidade do momento disfarçava a ansiedade. Sorria doce e tímida, na expectativa de brincar com seu bebê que preencheria o espaço da boneca que ela não tivera. Mulher feita, continua a meiga e carinhosa dona de um sorriso lindo. Já madura, enfrenta suas lutas, inclusive interiores. Estamos constantemente conectadas.
1969 Érico.
Nos seus primeiros anos de vida, o primeiro filho de Agenor era um menino muito clarinho, com as faces sempre rosadas e um lindo e aberto sorriso. Essa imagem, até hoje muito nítida em minha retina, foi o que registrei ao chegar a sua casa em São Bernardo do Campo. Era de manhã, e ele já no chiqueirinho, rodeava o espaço em seu macacão de bichinhos, dando pulinhos para que o pegássemos. Não estranhava a ninguém. Dele tenho registrada outra imagem forte: sentado na cadeirinha da bicicleta de seu avô materno, vinha nos visitar, todo faceiro. Hoje Erico está fora do País, mas nosso contato é constante e sempre muito prazeroso. É atencioso, característica que traz da adolescência. Busca sempre ajudar, preocupado em resolver os problemas de todos.
1970 Alexandre.
Érico,Alexandre e Rodrigo
 Segundo filho do Agenor. Contava apenas seis meses quando me hospedei em casa dos seus pais, para ingressar como professora em uma escola de São Paulo. O que tinha de bonito, tinha de arredio. Não foi fácil conseguir que ele aceitasse meu colo e se apegasse a mim, pois só aceitava a mãe. Dele lembro-me bem de um fato. Aconteceu quando, no retorno da escola, no final da manhã, minha cunhada me intercepta e, olhar maroto, diz: "vá ver seu sobrinho!". Tenho por característica a preocupação exagerada. Gelei. Que terá acontecido? Ao vê-lo, meu coração disparou. Encontrei um pequenino inchado, coberto de hematomas, dentinhos de leite quebrados... Deus! Que terá acontecido? Vera contou-me: havíamos mudado recentemente para uma casa assobradada. Ele, voluntarioso, quis descer a escada sozinho e, ainda, com as mãos ocupadas com brinquedo. Não deu outra. Rolou escada abaixo, machucando-se todo e quebrando os dentinhos que mal tinham nascido. Hoje, mais comportado e acessível, continua lindo e muito apegado à família.
1971 Edilson.
Edilson
Caçula de Evanir. Também dele o destino me privou do contato. Conheci-o quando já estava para completar sete anos. Lembro-me de sua chegada para o nosso convívio, de como ele ficou perdido no meio daquela gente desconhecida, de comportamento tão diferente, com quem teria que conviver. Era muito danado e peralta. Dava baile em todo mundo. Meu registro fica por conta de uma internação. Aos oito anos, quebrou alguns dedos dos pés e, logo depois, teve nefrite. Por isso e pelo seu comportamento já era bem conhecido dos atendentes no hospital. A inflamação nos rins exigia repouso absoluto, o que poderia perfeitamente ser feito em casa. Sua mãe trabalhava fora o dia inteiro e não poderia estar com ele. Deixá-lo só, nem pensar. Meu irmão, então, conseguiu que o hospital o aceitasse para o período de recuperação. Foi a forma encontrada para mantê-lo quieto, agitado que era. Hoje homem feito, é muito carinhoso e emotivo., Está sempre presente em todas as situações e para isso não mede sacrifícios. Vibra com o sucesso de todo mundo e sempre chega junto nas situações difíceis.
1972 Glaucia.
Filha de Nestor.  Branquinha, grandes olhos brilhantes, sorriso aberto mostrando lindas covinhas, rostinho corado e fartos cabelos pretos. Assim era a Gláucia que tenho na memória, caminhando no quintal da quente Três Lagoas.  Adorava dançar. E era toda vaidade, nos vestidinhos longos que escondiam suas pernas torneadas e roliças quando rodopiava nas festas que fazíamos por ocasião dos aniversários. Gláucia também mora longe, mas conversamos muito e sempre que possível nos encontramos. Está mais emotiva ainda e não raro seus lindos olhos enchem-se de lágrimas quando falamos dos assuntos da família e das nossas reminiscências.
1975 Rodrigo.
Caçula de Agenor. Aquela coisinha linda e fofa era muito paparicada por todo mundo. Morávamos perto e, por isso, nosso contato foi muito grande em seus primeiros anos de vida.  Autossuficiente foi desde muito cedo independente em suas reinações. Muitas são as histórias das viagens e aniversários, mas o que mais me vem à memória  são as traquinices, que nos deixavam preocupados. Como das vezes em que saíamos para fazer compras no shopping. Ele invariavelmente se escondia enroscando-se nos manequins e cabides, com um agravante: sempre de uma loja diferente daquela onde estávamos. Seus pais ralhavam com ele, mas com nenhum sucesso. Num instante lá estava ele novamente distante de nós. Foram muitos nossos momentos juntos, até que ele se tornasse adulto. Por força de seu trabalho, hoje pouco nos vemos. Fica a falta que sinto dos nossos papos filosóficos e sobre letras de canções, assuntos sobre os quais temos muitas afinidades.
1975 Gustavo.
Gláucia e Gustavo
Segundo filho de Nestor, loiríssimo, de olhos negros como jabuticabas. Tímido e ao mesmo levado da breca, aprontava das suas às escondidas. Mais ainda quando se juntava ao seu tio Silvio para provocar os mais novos, geralmente seu irmão Guilherme e a prima Renata. Nas brincadeiras e jogos que fazíamos, era invariavelmente o vencedor. E não adiantava pedir colher de chá. Talvez por levar tudo muito a sério, talvez para irritar, talvez por um e outro, o certo é que ganhava sempre.  Certa vez , tinha perto de sete anos, subiu no muro de casa. Não deu outra: caiu no grande quintal do vizinho, quebrando a clavícula. O que fez em seguida marcou o fato. Em vez de sair pelo portão, como seria normal, pulou o muro de volta, sem um gemido, vermelho de dor e raiva. A experiência fê-lo sossegar um pouco, embora às escondidas continuasse reinando. Vemo-nos principalmente nas festas e nos feriados prolongados. Continua tímido e calado, mas muito atencioso e presente.
1976 Carolina.
Primeira filha de Nair. Acompanhei-a desde a maternidade. Fofucha, linda e muito calminha. Sua acomodação no berço chegava a me preocupar. Várias vezes a sacudia para acordá-la e me certificar de que estava tudo bem. Desde cedo mostrou personalidade forte: ao deixar a chupeta, ao aceitar as botas para correção dos pés, ao respeitar os horários de dormir. Mesmo sendo uma garota disciplinada, aprontava das suas, principalmente com os menores, quando se juntava ao tio e primos. Carol continua muito ligada a nós todos pelas lindas lembranças e saudades que deixou.
1978 Renata.
Renata e Carolina
Filha mais nova de Nair. Uma criança linda e muito meiga. Não estranhava a ninguém e, mesmo antes de andar (o que aconteceu cedo), adorava dançar, sempre muito sorridente. O que marcou a primeira infância da Renata foi sua linguagem do tibitati Até os cinco anos, enrolava tudo quando falava depressa e achávamos graça quando queria “tescar techinho”,  quando queria ter um “tafoinho” e tantas outras palavras do seu dicionário particular. Outra particularidade era quando, com os primos, brincava de pique-esconde ou gato mia ela sempre gritava: “Segunda” porque achava que nunca seria a primeira, tal eram as “zoadas” dos primos e irmã. Renata também está longe geograficamente, mas somos muito próximas,  porque nos vemos com regular  frequência, pessoalmente ou pelo Skipe.
1978 Guilherme.
Guilherme
Filho caçula de Nestor e meu afilhado de batismo. E foi justamente por ocasião do batizado que vivemos um momento inesquecível. Para padrinhos, a mãe convidou seu irmão e a mim. Como ambos morávamos em cidades diferentes e ambas distantes de Três Lagoas, onde se daria a cerimônia, acertamos uma data que atendesse a todos. O tempo passou e, quando finalmente pudemos conciliar uma data, ele já havia completado três anos. Chegamos antes, é claro, para aproveitarmos mais e fazer as brincadeiras costumeiras. Começamos a falar que iríamos temperar o Gulherme, que o padre colocaria óleo, sal e depois vinagre, para ele ficar “no ponto”. O menino ria, mostrando sua linda covinha. Mas isso foi até chegarmos ao batistério. Quando ele viu a movimentação, abriu um berreiro que a custo conseguimos mantê-lo sossegado no colo. Esta é uma das muitas histórias e brincadeiras, a mais marcante, talvez. Moramos relativamente longe, mas o nosso contato é grande. Afinal, madrinha é madrinha.
1989 Aline.
Aline
Filha de Antenor. Tramas tecidas pelo desatinado destino, que muitas vezes fogem à nossa compreensão, permitiram-me conhecê-la pessoalmente quando já adulta, embora acompanhasse ao longe sua trajetória. A demora foi compensada pela alegria de conhecê-la e de poder compartilhar bons momentos com ela. Falamos-nos com certa frequência e espero que possamos compensar o tempo  que antes não tivemos.
1991 Fabrício.
Fabrício
Também filho de Antenor.  Lindo, rechonchudo e muito paparicado. Sua travessura era jogar da janela do sexto andar onde moravam tudo o que encontrava pela frente: chupeta, brinquedo, enfeites. Ele sempre achava um jeito de encontrar buracos nas redes de proteção das janelas, providencialmente colocadas por seu pai. E, quando não os encontrava, providenciava um novo, para levar adiante sua rotina de ver cair os objetos que atirava. Frequentemente, o pai tinha que recolher tudo, muito bravo pela vergonha de sempre ter que justificar a mania do filho mimado. Ele é o sobrinho que está mais longe e, por conta da morte de seu pai, as visitas se tornaram raras. Falamos-nos vez em quando, menos do que eu gostaria.
1992 Bárbara.
Primeira filha de Sílvio – Cabelinhos castanhos encaracolados, um lindo sorriso tímido. Assim era essa menina que até hoje conserva uma meiguice ímpar. Nosso contato só acontecia nas férias, quando visitava os avós em Araçatuba, ou quando acontecia – coisa rara – de irmos a Cuiabá, onde morava. Sempre se enroscava no meu pescoço, demonstrando sua natureza carinhosa e tranquila. Sua emoção está sempre à flor da pele e chora com frequência, extravasando suas saudades e alegrias. Por conta da faculdade, hoje está longe de todos, inclusive dos pais. Mas isso não a impede de ser muito presente em nossas vidas.
1994. Beatriz. 

Beatriz e Bárbara

Também filha de Sílvio. O oposto de sua irmã. Lourinha, olhos vivos e muito sapeca, mas também muito meiga e carinhosa. Ela devia ter menos de dois anos – não me lembro bem – quando estive com eles. Beatriz teve catapora muito violenta e parecia estar vestida com bolinhas vermelhas, tantas eram as berebas em seu corpo. Saímos para dar uma volta.  Ela, no meu colo, chorava desesperadamente e eu não sabia como segurá-la, tal era o desconforto da menina. Essa foi sua marca da infância registrada na minha memória. Felizmente, só na memória, pois seu corpo não registrou qualquer sequela. É uma linda moça e hoje nos vemos com frequência maior do que quando ela era criança.
2010 Giovanna.
Giovanna
A caçula de Silvinho.  Quase cinco décadas separam a Giovanna de Edson. É a nossa mascote. Graciosa, sorridente. Bailarina nata nos dá mostras de que vai ser muito feliz. É inteligente, sorridente e já faz suas reinações. Estou acompanhando seu desenvolvimento e tenho certeza terei muito o que falar sobre ela.

Esta é uma pequena homenagem que faço para meus sobrinhos. Sou muito grata a Deus por tê-los sempre por perto e grata a eles por serem tão presentes em minha vida.  Existem 14 sobrinhos-netos, entre eles Rafael, meu afilhado querido. Mas essa é matéria para outra oportunidade.  É um longo novo capítulo.
Quem tem sobrinhos como esses nem se lembra que nunca pariu.    Tia Ge 

11 comentários:

  1. Oque dizer de um relato tão rico em detalhes, a emoção toma conta do pensamento...

    Que MULHER é essa? Não se esquece nunca de ninguém, seja familiares, amigos, professores,vizinhos,animais de estimação...ama a todos incondicionalmente...

    Obrigada Tia Gê...por fazer de cada um de nos, um ser melhor e mais humano...aprendemos muito com vc...nossos valores ñ seriam o mesmo sem suas lições e dedicação familiar...Te amo!!!

    Shi Bizzo

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  2. Andressa Amador Baungartner6 de dezembro de 2011 às 12:09

    Geni que linda mensagem... emocionada pude entrar com você nessa bela descrição... assim todos tivessemos UMA TIA tão especial como você foi e é.... Parabéns!!!! que Deus te dê muita e muita saúde para continuar a ver o sucesso de todos os sobrinhos, sobrinhos netos e sobrinhos bisnetos... Beijos saudades...

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  3. Oi Ge,lindo, seus textos e comentários a respeitos de seus filhos adotivos,desculpe, falar assim, mas, eu acho que de certa forma voce foi uma mãezona, pelo amor que dedicou a todos,pela paciência,pela dedicação!!! Parabéns.

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  4. Que belo relato. Só uma pessoa tão sensivel como voce pode escrever tudo com tantos detalhes. Que lindo o meu genro e nessa foto mostra o quanto o Enzo se parece com o pai. Parabéns! Permita-me copiar a foto , quero ver se faço uma montagem.bjim

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  5. Geni,
    Emocionante para eles e para nós também.

    Vera Gracia

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  6. Tia,
    mais uma vez adorei!!! Lembrei de tanta coisa, tantos momentos.... mais com uns pimos do que com outros mas com certeza sempre rodeado de muito amor.
    Alguns como o Edson, as Sil, a Shi e o Edilson, a convivência foi já depois de grande mas e com os outros?.
    É muito bom ter recordação da infância.
    Bjos
    Renata

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  7. Tia achei lindo,
    Sempre que leio suas histórias
    as imagino como se tivesse vivido cada uma delas.
    Tenho certeza que vamos recuperar o tempo perdido
    e daqui a alguns anos, você também vai ter muitas histórias comigo
    para serem contadas aqui
    Bjos
    Aline

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  8. Gê, adorei, muito legal mesmo!...bjs

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  9. Gê, como sempre trazendo belas recordações!!!!!
    Parabéns!!!!! bjs Vera

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  10. Como sempre vc emociona com o seus relatos.Adoro.
    Saudades de todos vcs.
    Beijos
    Kiti

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