Postagens populares

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CONSUMATUM EST

Hoje, 31 de maio de 2010, Nair e Hirata, na qualidade de nossos representantes legais, encerraram o longo capítulo da venda da nossa querida casa em Araçatuba. Finalmente, os quinze herdeiros diretos terão direitos proporcionais à sua parte, como manda a lei. O valor? Ah! O valor... Pequeno para tantos herdeiros, quase simbólico. Diferente do valor emocional, este sim, imenso.
Rua do Fico, 211: endereço de tantas emoções dos mais variados matizes e de tantas histórias, vai ficar na lembrança de todos os que realmente conheceram a trajetória de um homem e seu sonho.
Silvio Bizzo, o patriarca, e sua esposa Josefina, ou Dona Pina, como era carinhosamente chamada, mais os cinco filhos – Evanir, Geni, Agenor, Nestor e Antenor – moravam na Rua Gonçalves Ledo, uma travessa da Rua do Fico, palco de nossa história. Dividiam uma casinha de quatro cômodos com Dona Olímpia e Arlindo, mãe e irmão do Sílvio, de quem dependiam depois do falecimento de seu velho pai, em 1950.
A casa era pequena e sem nenhum conforto para tanta gente, mas contava com água encanada e luz elétrica, regalias antes inexistentes. E o quintal oferecia uma grande mangueira, que nos brindava com sombra fresca em uma cidade de calor infernal.
Sílvio, carpinteiro de profissão e músico por vocação, à noite tocava seu velho sax-tenor e para suplementar o orçamento doméstico e alimentar seu sonho: possuir a própria casa. Sonho que vislumbrou tornar-se real quando pequena herança lhe forneceu os parcos recursos para iniciar seu projeto.
Ao final da Rua Gonçalves Ledo existia um velho casarão. Desse casarão seguia, no sentido norte, um caminho que levava à casa grande de uma grande e rica fazenda, de cuja proprietária só ficou o nome: Dona Ilda. Vendida a fazenda e loteada a área, o caminho converteu-se no que é hoje a Rua do Fico, palco de nossa história.
Que começou assim: o casarão da Gonçalves Ledo foi comprado pelo Sr. João Bertani. A casa, como todas naquela época, foi construída no nível da rua, fazendo sobrar terreno ao fundo. Com o loteamento da área, esse fundo passou a confrontar com a Rua do Fico, recentemente aberta. Era um pedaço de quintal, esburacado e sujo, mas que servia aos propósitos do Sr. Sílvio, então jovem e decidido. E ele conseguiu que o Sr. Bertani lhe cedesse a área: era lá que iria plantar a semente de seu grande sonho.
E aquele pedaço de terra começou a tomar forma. Sílvio era o pedreiro, o carpinteiro, o encanador, o pintor... E, além da ajuda de alguns amigos contratados, pegava também na massa (literalmente) sua esposa Dona Pina, grávida de sua última filha Nair. Nem os filhos maiores escapavam. Qualquer ajuda, por menor que fosse, era bem-vinda.
A casa começou a sair do chão. Três quartos, uma grande sala e cozinha. Sem nenhum acabamento, sem forro e calçada com tijolos à vista. Assim mudamos nós em janeiro de 1952, para fugir do aluguel e iniciar uma nova vida.
O quintal, todo cercado de balaustre, já ganhava nova cara. Meu pai plantou logo mudas de uva e minha mãe cuidava de um pequeno jardim. Em março nasceu a Nair pelas mãos de nossa avó materna, Dona Margarida. Cerca de um mês depois vó Margarida foi embora, para nunca mais a vermos: faleceu tempo depois longe de todos nós A vida seguia. Muita gente para alimentar, fogão de lenha, filhos pequenos na escola, muitas despesas, vida difícil. Para ajudar, minha mãe começou lavar roupa pra fora. Os filhos também começaram cedo. Para ajudar nas despesas da casa, mas também porque meu pai queria que todos tivessem profissão. Assim, encaminhou o Agenor para uma alfaiataria e a Vani para a costura. Eu ajudava nas roupas, inclusive buscando e levando as trouxas de roupa na cabeça. Nestor e Antenor, entrando na adolescência, ajudavam no serviço de meu pai. Paralelamente, fomos fazendo as melhorias na casa, com sobras de material das obras em que meu pai trabalhava. E isso apenas aos domingos: o sábado era dia útil, sim senhor. Semana inglesa era algo ainda muito distante.
E dá-lhe reforma: tira janela, põe janela, tira porta, coloca porta, sobe parede, derruba parede. Uma grande área coberta nos fundos, forro, cimento queimado de vermelhão no piso, depois tacos, nova pintura, venezianas, vitrôs, calçamento no quintal, muro, melhorias que comemorávamos com alegria, depois de concluída a fase. E não era nada fácil, para adolescentes que éramos, usar todos os domingos – inteiros – na reforma da casa, depois de uma semana inteira de trabalho. Como que a acompanhar a evolução da casa, a rua também sofreu muitas alterações nesses anos todos. No início esburacada, trilha de grandes boiadas, foi ficando diferente: alargada, asfaltada, arborizada. Hoje é principal artéria do bairro, muito movimentada, caminho para o aeroporto e saída para rodovias.  No ano de 1954, minha mãe começou ter dores de estômago. Não havia convênios, nem dinheiro para consultas. O jeito era ir-se medicando com remédios caseiros. A ida ao médico, em consulta particular, não resolveu muito: não se faziam exames detalhados e o diagnóstico e medicação eram insuficientes ou inadequados
O diagnóstico demorou a chegar. Câncer. Duas cirurgias com pequenas internações não minimizaram sua grande dor e ela faleceu em 1958, aos 37 anos. Expirou em casa, ao lado dos filhos, do marido, de parentes, vizinhos e muitos amigos. Seu corpo, esquálido mas sereno, foi velado na sala de nossa tão sonhada casa.
A vida tinha que continuar. E continuou. Os filhos, 17, 16, 14, 12, 9 e 6 anos permaneceram juntos com o pai a avó e o tio que tinha sérios problemas de saúde. Tudo continuou inclusive a dificuldade. Mas uma luz muita grande nos guiou. Trabalhávamos, estudávamos, e... dá-lhe reforma. Ah! Essa também continuou.
Durante 11 anos meu pai, que enviuvara aos 42, levou uma vida muito difícil em todos os sentidos. O trabalho pesado ao sol escaldante, a família numerosa, os parcos ganhos – não tinha registro em carteira – a falta da companheira, tudo contribuía para que, muitas vezes, explodisse sua insatisfação atingindo, de certa forma, os filhos que, apesar de o amarem e tentarem compreender, sofriam muito. Como já disse, todos trabalhávamos. Rendimentos minguados, que mal davam para completar as despesas com cadernos, livros, uniformes escolares, que eram passados de um para o outro ao final do ano letivo.
Fomos agraciados por Deus e por uma educação muito severa. Nosso pai nos passou valores como honestidade, garra e valor ao trabalho. Todos fomos muito bem na escola. A vizinhança achava lindo sairmos juntos, uniformizados – à noite, pois trabalhávamos de dia – para o colégio que era bem distante. Sempre acreditamos em Deus e a fé nos manteve unidos, com a certeza de que nossa mãe nos acompanhava do plano espiritual
A casa a tudo assistia. Algumas outras pequenas reformas foram feitas, mas faltavam eletrodomésticos. O conforto vinha somente das camas limpas e das refeições modestas mas saborosas, servidas numa grande mesa. A parreira não mais frutificou e foi substituída por uma goiabeira frondosa que, além da sombra, nos deu muitos frutos e, consequentemente, muitos doces.
Nesse período aconteceram outras tantas mudanças. Evanir – a mais velha – casou-se aos 20 anos com o Emmanuel e, após morar cinco anos em dois cômodos no pequeno quintal, que meu pai construíra para acomodá-los, mudou-se para construir a própria vida. O tio que morava conosco mudou-se para uma fazenda, onde foi trabalhar. Meus irmãos, buscando mudar de vida, prestaram concursos em estatais e, aprovados, seguiram seus rumos. Agenor, mais velho dos homens, ingressou no Banespa de Andradina e lá casou-se com a Vera. Hoje o casal, com os filhos já encaminhados na vida, moram em Indaiatuba. Nestor ingressou no Banco do Brasil de Três Lagoas, no antigo Estado de Mato Grosso. Eu comecei lecionar, primeiro em uma escola rural – viajava todos os dias – e, após concurso, passei a dar aulas no SESI. Antenor ingressou na Secretaria de Segurança Pública em Araçatuba mesmo. Finalmente, Nair, aos 18 anos, ingressou na Caixa Econômica do Estado de São Paulo, atual Banco Nossa Caixa, recentemente adquirido pelo Banco do Brasil
A vida começou a mostrar uma cara diferente. Meu pai conheceu a Maristela, uma cearense de Fortaleza, através de correspondência (essa é uma outra historia longa e muito divertida). Ela chegou a nossa casa já casada com meu pai. Foi quando a conhecemos.                       
Mudança radical. Nova adaptação. Eu, que era a dona da casa até então (por força do destino, diga-se de passagem), paulatinamente fui passando as atribuições para a nova integrante da família. Nós, de família italiana, nos adaptando aos costumes nordestinos e vice-versa. Maristela, com toda humildade, e nós também, com boa vontade e carinho, facilitamos a integração. O Nestor que trabalhava numa loja de eletrodomésticos comprou uma pequena geladeira e uma enceradeira. (antes fortalecíamos os braços com o escovão pesado). Muito tempo depois veio a TV.
A vida seguia tranquila. A gravidez de Maristela, então com 36 anos, evoluía normalmente. Permanecia no ar a alegria do tetra de futebol, conquistado pela equipe canarinho em Guadalajara, quando, em agosto de 1970, nascia Silvinho, para júbilo nosso. Mas o destino novamente nos surpreendeu. Maristela teve complicações pós-parto. Uma infecção hospitalar a manteve por longos dois meses entre a vida e a morte.
Assumimos o bebê, cuidávamos dela, da casa e trabalhávamos. Tivemos muita ajuda de vizinhos amigos, a casa era testemunha. Maristela sobreviveu, graças a Deus, e tudo voltou à normalidade. Em 1971, Nestor, já morando em Três Lagoas, casou-se com Marilene
Em 1972 Antenor tomou posse no Banco do Brasil de Cuiabá, no Estado de Mato Grosso, e lá conheceu Dôia, com quem se casou, em 1973. Enviuvou e casou-se posteriormente com Valda.
Também em Maio de 1972, após prestar concurso para o magistério de São Paulo, ingressei em uma escola da periferia da capital. Durante esse ano, hospedei-me na casa de Agenor e Vera que, nessa época, moravam em Santo André. Posteriormente, mudei-me para um pensionato onde permaneci por um tempo antes de montar meu apartamento em São Bernardo do Campo.
Em 1975, Nair casou-se com Hirata. Permaneceram por uns tempos em Araçatuba ­ – ambos trabalhavam na Nossa Caixa. A transferência do local de trabalho fê-los mudarem-se para Rio Claro, no estado de São Paulo.
Em 1977, a Evanir separou-se do marido e foi, com seus quatro filhos menores, para São Bernardo do Campo, retomando o contato com os irmãos, de quem havia se distanciado por imposição do marido A casa, outrora tão habitada, abrigava agora apenas o casal, o Silvinho e nossa avó que veio a falecer em 1974, sendo velada na mesma sala onde minha mãe o fora.               
Parece incrível: para buscarmos nossos lugares ao sol, todos tivemos que deixar nossa cidade natal. O que nos prendia, agora, era somente a casa, que nos permitia lindos e carinhosos encontros.
A rotina da casa mudou completamente. O atropelo de antes, gerado pela necessidade de acomodar tantos moradores, era maior agora, pois aos filhos somavam-se netos e agregados.  O maior atropelo era compensado pelo maior prazer de estarmos todos juntos, coisa que procurávamos fazer nos feriados prolongados e em datas importantes.
Quando não havia nada a comemorar, inventávamos. O importante eram os encontros, era estarmos reunidos, mesmo que mal acomodados. Acolovelávamo-nos nas camas improvisadas pelo chão.
Uma extensão da casa foi improvisada: a área sob a copa da goiabeira. Nela colocávamos mesas, cadeiras, som, e ali fazíamos nossas refeições, jogávamos carta. E dá-lhe prosa!
Nas conversas que varavam as madrugadas, “resolvíamos os problemas do país e do mundo”. Evocávamos nossas lembranças e travessuras. As crianças sempre participaram de tudo. Silvinho, irmão com idade de sobrinho, fazia parte do grupo.
Quantos encontros! a Páscoa e a caçada ao ovo, o Natal (o Papai Noel era eu), o carnaval, com fantasias e brincadeiras. Antenor e Dôia eram muito criativos e divertidos. Ele dizia sempre que o mais importante nos encontros era a “moagem”.
Todos nos arriscávamos na cozinha com variados pratos. Ríamos muito, chorávamos também, emotivos que somos. Quando se falava em hotel, ninguém se animava a ir, embora alguns tivessem condições para tanto. Preferíamos todos ficar juntos.
Meu pai ficava feliz, embora quem desse as cartas agora fôssemos nós e Maristela. Ele aguardava ansioso a chegada dos filhos e netos. Chorava com frequência e a tudo aceitava.
Em 1990, Silvinho também deixou a casa. Foi para Cuiabá, trabalhar e morar com nosso irmão e seu padrinho, Antenor. Foi lá que casou-se com Kiti, dois anos depois. Meu pai trabalhou (no pesado) até a idade avançada, trabalhador inveterado que era. Aposentou-se apenas quando já contava 65 anos. Aos 73 anos teve diagnosticado câncer na mandíbula; ficamos tensos. Tristes lembranças voltaram à tona.
A cirurgia e a subsequente radioterapia foram bem sucedidas, e o velho ficou curado da doença. Mas os efeitos colaterais o abateram muito. A alimentação era especial e, mesmo assim, ele a tomava com dificuldade. Nunca se revoltou. Aceitou primeiro o tratamento difícil e, depois, sua rotina de privações. Mas nunca o ouvimos reclamar da situação.
Nossas visitas agora eram mais frequentes, e procurávamos nos revezar, para que sempre existisse alguém por perto. Passaram-se 12 anos até que ele veio a piorar com complicações pulmonares decorrentes do cigarro, que nunca abandonou. Nesse tempo, nossas condições financeiras eram outras. Pudemos dar-lhe assistência médica melhor e nunca permitimos que lhe faltasse qualquer coisa. Sua esposa estava sempre ao seu lado. Quando, aos 85 anos, veio finalmente falecer, estávamos em plena semana santa do primeiro ano do novo século. Sua passagem foi serena, em presença da esposa e filhos e alguns netos em um quarto de hospital (não permitimos UTI). Foi velado na capela funerária da cidade, rodeado dos sete filhos, de dezesseis netos e 5 bisnetos, além de  familiares e amigos.
A casa, bem... A casa ficou triste e sombria, sem seu idealizador. Maristela lá permaneceu por mais um ano. Voltamos algumas vezes, mas não era a mesma coisa. A cadeira de balanço vazia. O saxofone empoeirado, até a goiabeira já não produzia tanto, seus galhos foram cortados para não incomodar a vizinha.
Em 2001, Maristela foi morar com seu filho e nosso irmão Silvinho, agora em Brasília. A casa ficou vazia de pessoas, embora continuasse com a mesma velha e simples mobília que por tantos anos nos serviu.
Em 2006, Silvinho, após divorciar-se de Kiti, casou-se com a Tati. Maristela optou por vir morar em Rio Claro, perto de nós, pois eu e a Evanir, nessa época, já tínhamos vindo nos juntar à Nair.
Impasse. O que fazer com a casa? Opiniões divergentes. Para mantê-la vazia, alguém deveria assumir despesas com limpeza e vigilância. Voltar à casa sem ninguém para nos receber? Optamos então por alugá-la, o que renderia um pequeno valor a mais na conta da Maristela, completando sua pensão.
Mas... Ilusão. A casa, que era ótima para nós, sentimentais que somos, não tinha o conforto necessário: encanamento e fios elétricos velhos, ferragens deterioradas.  O inquilino pobre – e sem o carinho do dono – contribuiu ainda mais para a decadência e, o que é pior, não fazia os pagamentos em dia. Por que mantê-la assim? Desgastes muito grandes para resolver problemas insolúveis com pessoas inescrupulosas.
Optamos por vendê-la. E, aí, novos problemas surgiram. O inventário da minha mãe não havia sido concluído. Além disso, outras intercorrências dificultaram o andamento do processo. Em 1997, faleceu Dôia e, em 2002, seu marido e meu irmão Antenor. Em 1998 faleceu Emmanuel, ex-marido da Evanir, o que contribuiu para embaralhar tudo. Inúmeras vezes o trabalho foi reiniciado, em nenhuma delas foi concluído, tantos e tamanhos eram os problemas.
Brincávamos muitas vezes, quando falávamos que nossa herança só nos dava despesas. Viagens e mais viagens, telefonemas e mais telefonemas, problemas e mais problemas.
Nair e Hirata acabaram por assumir essa responsabilidade por desatar os muitos nós que emperravam o processo. Criteriosos como são, fizeram os contatos com o advogado, documentaram tudo e fizeram chegar aos herdeiros a importância devida a cada um. Como disse no início, muitos herdeiros para pouco dinheiro. Mas, de certa forma, ficamos felizes. Não tanto pelo dinheiro – pouco – mas pelo prazer de ver finalmente resolvido um problema que imaginávamos insolúvel.
A sensação do dever cumprido, o carinho como tudo foi tratado, nos dá a certeza disso. Sabemos que nosso pai (e também nossa mãe) está feliz, porque honramos e cuidamos até o final daquele patrimônio que ele tanto amou.
Temos a certeza de que ele está feliz, em outro plano. Sua morada lá, se for uma réplica daqui, deve ser aconchegante tanto quanto esta o foi.
O que o novo proprietário vai fazer não nos interessa. Para nós, aquele pequeno pedaço ficará registrado em nossa memória e, se faço agora estas anotações, é para que as crianças (agora não tão crianças) possam conhecer um pouquinho da nossa trajetória, tendo eles como coadjuvantes.
Quando virem as fotos antigas vão dizer: Não é que é verdade?
Enfim... Missão cumprida!!!
01/06/2010
Geni D. Bizzo 
Revisão – Nestor L. Bizzo
Fotografia – Claudemir Hirata

Abaixo a foto tirada no dia em que foi confirmada a transação da venda.

Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina
Agosto/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário