familia mexicana |
Verbalizar o que sinto por vocês é difícil. As palavras me fogem e posso ser traída pela emoção.
Deixo-me levar pelas lembranças...
1972. Cheguei a Santo André como um pássaro fora do ninho, deixando pra trás toda uma vida de luta e aprendizado. Numa cidade totalmente estranha, fui acolhida por seus pais que, embora recém-casados, não se importaram em “hospedar-me”, reservando para mim um espaço na casa já pequena para o casal e dois filhos. Guardo na memória aquela manhã, quando cheguei e fui recebida por um garotinho lindo, rostinho vermelho (ainda com poucos dentes), sorridente num quadrado em frente à tv (a babá daquela época).
Tantas coisas aconteceram ainda... Foram oito meses de convivência, tempo suficiente para eu me apegar muito a vocês. Compartilhamos inúmeros momentos: uns (poucos) tristes, outros (muitos) felizes. Mudei-me de sua casa, mas continuamos sempre juntos nos finais de semana, nas viagens e nas festas.
Vi você crescer. Acompanhei todos os momentos importantes de sua vida: festa na escola de educação infantil, nas primeiras séries, na primeira comunhão e em todos os aniversários. Quando você completou um ano, eu e seu tio Emilson tomamos um porre. Eu curti ressaca três dias. O Emilson era mais forte...
Várias andanças por distintas cidades vocês fizeram, por conta do trabalho de seu pai. E eu conheci lugares novos por conta disso, pois os visitei em todos.
O tempo passou... Os encontros diminuíram, mas sempre muito intensos.
Formatura!!! Que linda festa. Eu lá, na primeira fila, no gargarejo, tiete de meu sobrinho. No ano seguinte, surge a Laura em sua vida. Que farra fizemos com ela que, entre surpresa e tímida, sorria (como uma lady, verdadeira Lady Laura...). Mais uma festa: o casamento, lindo, marcante. Um outro porre, desta vez mais leve.
A vida continuou. Na faina da busca profissional, mas correria, estudo, trabalho. Nada nunca nos impediu de nos vermos ou falarmos. Chegou o nosso lindinho Enzo para a felicidade geral. Fofinho como o pai. Para completar, chegou Helena. Lady como a mãe.
Sucesso profissional. O Brasil ficou pequeno para vocês. É necessário um vôo mais alto. O México ganha novos habitantes. Diferenciados, diga-se de passagem. Com certeza, essa família linda vai fazer a diferença. Guadalajara não será a mesma.
O que mais posso dizer?
Amo vocês. Que Jesus os abençoe . Eu estarei sempre presente em pensamento e em prece.
Beijos, Tia Gê 15-11-2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário